Hoje em dia o branqueamento dentário é dos tratamentos mais populares e solicitados pelos pacientes aos seus dentistas. No entanto existem diversas dúvidas e mitos erros que importa esclarecer. Uma das questões mais referidas é se o branqueamento danifica o esmalte do dente.
A resposta é simples, quando realizado por um médico dentista em ambiente controlado e com os produtos corretos um branqueamento dentário é totalmente seguro e inoculo para o dente.
O que é o branqueamento dentário?
O branqueamento dentário consiste na aplicação de um gel/agente branqueador, normalmente o peróxido de hidrogénio ou peróxido de carbamida, sobre o dente.
Este agente, após decomposição em oxigénio e subprodutos, possuí a capacidade de penetrar na matriz do dente e libertar as moléculas internas que provocam o escurecimento do dente. Desta forma simples o dente automaticamente obtém uma cor mais clara.
Como realizar o branqueamento externo
- No consultório: aplicando concentrações mais elevadas (normalmente 35%) durante um curto período (cerca de 15-30min), usando por vezes uma fonte de luz (habitualmente chamada de laser) para ativar ou acelerar a ação do agente de branqueamento.
- Em casa (ou em ambulatório): onde o paciente usa moldeiras adaptadas á sua dentição para a aplicação de um gel com concentração mais baixa (10 ou 16%) durante cerca de 4h diárias durante uma a 2 semanas.
Em ambos os casos o resultado é a obtenção de um dente mais branco, se bem que a primeira opção é mais rápida mas menos duradoura e a segunda mais lenta mas com um resultado mais estável. Importante não esquecer que apesar de ser um processo químico é totalmente neutro para os tecidos dentários.
Erros e mitos do branqueamento dentário
Nem todas as pessoas precisa de realizar o tratamento
É importante referir que nem todos os pacientes podem realizar branqueamento, assim como existem pacientes que não possuem nenhuma indicação para realizar este procedimento cosmético. Assim é importante que seja feita uma avaliação cuidadosa para que todo o tratamento seja seguro.
Por exemplo existem pacientes que possuem dentes claros mas que os mesmos estão recobertos por pigmentos ou calculo. Nestes casos, uma consulta de higiene oral com jato de bicarbonato é suficiente para devolver a cor clara da dentição.
Igualmente, paciente com cáries ativas e periodontite não podem realizar este tratamento até que estas doenças estejam controladas.
O branqueamento dentário só atua sobre o dente natural
Pessoas que possuem restaurações extensas nos dentes anteriores coroas ou pontes têm de ter atenção especial, uma vez que poderá necessário a sua substituição no final do branqueamento para que a cor volte a ser homogénea.
Pastas de branqueamento não são aconselhadas
Outro erro comum neste procedimento cosmético por parte dos pacientes é o recursos a pastas de branqueamento existentes no mercado sem serem cientificamente comprovadas e que atuam á base de agentes ácidos e agentes de abrasão que riscam e desmineralizam o esmalte de forma irreversível.
Conselhos de Dentista
O conselho que fica, é que realize este procedimento sempre em segurança e que se aconselhe com o seu médico dentista.
No Instituto Dentário do Alto dos Moinhos iniciamos sempre este procedimento com uma consulta de avaliação, diagnóstico e planeamento onde é discutido com o doente qual o melhor tipo de branqueamento em função da dentição e do objetivo do doente.
Segue-se uma consulta de Higiene oral para remoção de todos os pigmentos e calculo e só após isto o tratamento de branqueamento em si.
Importante não esquecer que este procedimento não é eterno e obrigará a manutenção continua para que os resultados sejam os mais duradouros.
Dr. Carlos Almeida
Medico Dentista (Inscrito na Ordem do Médicos Dentistas com o Nº 5873)
| Prática exclusiva na área da Implantologia e Reabilitação Oral
| Co-Fundador do Instituto Dentário do Alto dos Moinhos